domingo, 8 de setembro de 2013

DIFERENÇAS NÃO SÃO DEFEITOS

Por Néa Tauil

Evidentemente que reduzir o conhecimento sobre sexualidade ao aspecto reprodutivo é algo histórico e moralista.

A sexualidade é um direito humano e ampliar o conhecimento sobre a prática sexual também o é.

Vale lembrar que distorções, mitos, preconceitos e tabus, causados principalmente por falta de conhecimento sobre sexualidade exercem influência negativa no contexto familiar, social e cultural.

É preciso desconstruir na atualidade a indisponibilidade para refletir e discutir o tema sem dificuldade e vergonha, pois uma verdadeira educação para a sexualidade pode contribuir para a diminuição de posturas indevidas e inadequadas diante do tema.

É importante reconhecer que sexualidade não se restringe ao ato sexual, inclui as fantasias e ideais que cada pessoa constrói sobre si e para si em função de suas experiências de prazer e satisfação.

A experiência sexual tem significados diferentes para cada indivíduo e, uma forma de apropriação pessoal de uma sexualidade sem culpa é o conhecimento mais profundo de mitos, tabus e da realidade acerca de nossa própria sexualidade. Nunca é demais ressaltar que preconceitos, mitos e tabus sexuais são construções culturais que negam o direito à identidade e a prática de uma sexualidade plena.









segunda-feira, 29 de julho de 2013

POR UMA SOCIEDADE PLURAL

Por Néa Tauil

Hoje, apesar do enorme volume de informações de que dispomos acerca da sexualidade, tal conhecimento não se mostra suficiente para eliminar a discriminação, o estigma, o medo e a violência que impõe ameaças reais para muitas pessoas. 

Foi uma vivência única participar do Debate Diálogos promovido pela Secretaria Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social ( CDES-RS), com a apresentação do Sistema Nacional de Promoção de Direitos e Enfrentamento à Violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), Maria do Rosário. 

A questão da sexualidade, bem como de sua prática, é na sociedade brasileira um fenômeno que precisa ocupar um lugar privilegiado nas discussões acadêmicas, passando pelas preocupações e a construção de projetos na área de Saúde Pública, até a elaboração de planos de governo de cunho eminentemente político.

No ano passado, segundo o relatório divulgado pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH), foram registrados 3.084 denúncias de violência contra homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais; e mais de 9,9 mil violações de direitos relacionados à população LGBT. A estatística envolve 4,8 mil vítimas e 4,7 mil acusados. Esses números indicam aumento de denúncias e de vítimas envolvidas.

 Uma importante contribuição para a prevenção contra a homofobia seria por meio de uma verdadeira educação para a sexualidade, as práticas sexuais, o respeito à diversidade de expressões, direito à não-violência e à igualdade para todos independente do gênero e da orientação sexual.

Podemos contribuir e construir uma sociedade em que as pessoas devem se sentir confiantes e seguras ao expressar a sua própria identidade sexual.

Diálogos CDES - RS são espaços de debates, temáticos ou regionais, abertos à participação da sociedade civil, onde se promovem a escuta e a troca de ideias sobre temas relativos ao desenvolvimento econômico e social.
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quinta-feira, 11 de julho de 2013

IGUALDADE E NÃO DISCRIMINAÇÃO

Por Néa Tauil

Na civilização ocidental a sexualidade foi ignorada por 25 séculos, até o surgimento de Sigmund Freud. Ele propôs outra maneira de pensar o indivíduo, cuja constituição não pode ser separada da sexualidade e, agora, voltamos ao período anterior a ele. Há até quem defenda a ¨cura Gay¨.
As vozes da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, Travestis e Transexuais) nas ruas conclamando a todos para reconhecer a DIVERSIDADE SEXUAL e mobilizar as autoridades  a favor da criminalização da homofobia revela a triste realidade de preconceito no mundo.

Nem todas as pessoas sabem, mas existe uma Carta de Direitos Sexuais e Reprodutivos que tem por objetivo a promoção e proteção dos direitos e liberdades sexuais e reprodutivas em todos os sistemas políticos, econômicos e culturais. Veja a carta, autoria da Federação Internacional para o Planejamento da Família (IPPF)  em www.apf.pt/cms/files/conteudos/Carta%20dos%20Direitos.pdf.  e descubra que ¨ Direitos Sexuais são Direitos Humanos relacionados à Sexualidade¨.

A Federação Internacional para o Planejamento da Família (IPPF) é provedora mundial de serviços e liderança na defesa da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos. É um movimento mundial de organizações nacionais trabalhando junto a comunidades e indivíduos. Trabalham ¨por um mundo onde mulheres, homens e jovens em todos os lugares tenham controle de seus próprios corpos e, portanto, de seus destinos. Um mundo onde todos sejam livres para optar ou não pela paternidade ou maternidade, livres para buscar vidas sexuais saudáveis, sem medo de gravidezes indesejadas e infecções sexualmente transmissíveis, inclusive HIV. Um mundo onde o gênero ou a sexualidade não mais sejam uma fonte de desigualdade ou estigma.¨ Reconhece-se que é importante para a saúde e bem-estar, salvaguardar nossas escolhas e direitos.



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domingo, 26 de maio de 2013

SAÚDE SEXUAL

Por Néa Tauil



Ao longo dos tempos, muito se tem falado sobre a saúde sexual, isso porque o exercício da sexualidade pode ser fonte de prazer e de expressão de sentimentos profundos, próprio do encontro amoroso, como também pode ser a causa de grandes problemas decorrentes  dos valores culturais, mitos, tabus,  preconceitos, desigualdades, comportamentos de risco, entre outros. 

O conceito de saúde sexual diz respeito ¨a habilidade de mulheres e homens em desfrutarem e expressarem sua sexualidade, sem riscos de doenças sexualmente transmissíveis, gestações não desejadas, coerção, violência e discriminação. A saúde sexual possibilita experimentar uma vida sexual informada, agradável e segura, baseada na autoestima, que implica abordagem positiva da sexualidade humana e respeito mútuo nas relações sexuais. A saúde sexual valoriza a vida, as relações pessoais e a expressão da identidade própria da pessoa. Ela é enriquecedora, inclui o prazer e estimula a determinação pessoal, a comunicação e as relações¨. ¹

Considerando tudo isso, cabe a cada um de nós questionar a própria saúde sexual com o propósito de combater possíveis inibições e limitações provenientes dos velhos mitos, preconceitos e tabus, com suas proibições, interdições e sentimento de culpa em relação ao sexo. A necessidade de combatê-los se dá por serem contrários ao direito à identidade e apropriação de uma vida amorosa e sexual satisfatória. Como se vê, a função do sexo não é só a reprodução, mas também proporcionar prazer, alegria,  satisfação... Dessa forma, é possível afirmar que só podemos ter saúde sexual, se deixarmos de olhar o sexo com preconceito.




 Referência:
1   HERA, Direitos Sexuais e Reprodutivos e Saúde das Mulheres: ideias para ação, 1999. Disponível em Hera ( Health, Empowerment, Rights and Accountability - Saúde, Empoderamento, Direitos e Responsabilidades), grupo internacional formado por mulheres que atuam no campo da saúde, desenvolvendo um trabalho de escopo mundial para garantir a implementação dos acordos estabelecidos na CIPD e na IV Conferência Mundial sobre a Mulher. www.iwhc.org/hera.


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sexta-feira, 26 de abril de 2013

DIVERSIDADE SEXUAL É REAL

Por Néa Tauil


Em todas as sociedades, as expressões da sexualidade são alvo de normas morais, religiosas ou científicas, que vão sendo aprendidas pelas pessoas desde a infância. Nesse sentido, cria -se modelos estanques, nos quais pretende encaixar e classificar as pessoas, com base apenas no sexo biológico, desconsiderando que a sexualidade humana resulta de aspectos biológicos, psicológicos e interações com os contextos familiar e social.  

De fato, houve a partir dos anos 1960, o início de uma desconstrução dos estereótipos do masculino e feminino que, apesar de ser um processo lento, está em curso. Tanto que hoje, reconhece-se que as identidades de gênero não são apenas binárias (masculino /feminino), podendo assumir diferentes formas dependendo do contexto social e cultural.


Sem dúvida, a diversidade sexual humana é real como mostra o médico psiquiatra e sexólogo Ronaldo P. da Costa, em seu livro ¨Os 11 sexos - As múltiplas faces da sexualidade humana¨. A obra mostra que as pessoas podem ser ou se comportarem de onze formas diferentes, além das inúmeras distinções entre uma forma e outra. São elas:

1- Mulheres Heterossexuais - Têm os homens como objeto de amor e desejo sexual. Isso não tem relação com a realidade de seu corpo, mas como elas sentem. 


2- Homens Heterossexuais - São aqueles que desejam e amam mulheres. Ele se sente masculino e, consequentemente, desenvolve um comportamento adequado a essa natureza. 


3- Mulheres Lésbicas - Sentem-se mulheres, comportam-se de maneira feminina, mas desejam se relacionar afetiva e sexualmente com outra mulher, não com um homem. Uma mulher lésbica não se sente um homem, não pensa que é um homem e nem quer ser um homem.


4- Homens Homossexuais - O homem homossexual ama e/ou deseja outro homem. Essa é a única diferença em relação aos outros homens.


5- Mulheres Bissexuais - Só há uma diferença entre mulheres heterossexuais e bissexuais: as bissexuais se vinculam afetiva e sexualmente tanto a homens quanto a mulheres, numa relação intercalada ou não de maior ou menor duração. As bissexuais nascem biologicamente normais, reconhecem e aceitam seu órgão sexual feminino e comportam-se como mulheres. Sua orientação sexual, no entanto, é dupla, e o objeto do amor e do desejo é variável, durante toda a vida.


6- Homens Bissexuais - O bissexual masculino é um homem como qualquer outro. Nasce biologicamente perfeito, não tem disfunções orgânicas relacionadas à sexualidade e cresce se comportando de forma masculina. Ele se sente homem. A única diferença entre bissexuais e heterossexuais é que, quando sua orientação sexual se define como bissexual, ele passa a desejar homens e mulheres. Isso é um sentimento, uma vontade que está dentro dele e não depende de sua vontade.


7- Homens Travestis - No Brasil, o termo designa homens que nascem machos e são educados como meninos, mas que têm uma identidade de gênero dupla, diferente da maioria. Junto com a personalidade masculina, desenvolvida pelo reconhecimento do corpo de homem, sentem-se também femininos. O homem travesti sente-se, ao mesmo tempo, homem e mulher. Ele sabe que é homem, não pensa em eliminar o órgão sexual masculino. O travesti não é um homem homossexual e prefere, quase sempre, se relacionar com homens ditos heterossexuais. Os que se vestem de maneira caricata, bem-humorada, são chamados de drag queens. Porém, nem todo homem que se veste de mulher é um travesti. Alguns travestis transformam seus caracteres sexuais secundários para os de mulher.

8 - Mulheres Travestis - As mulheres travestis comportam-se, na maioria das vezes, como homens e chegam até a se casar com uma mulher. Mesmo assim, não rejeitam sua genitália de mulher, nem pensam em mudar de sexo. Mas podem retirar os seios. Os órgãos sexuais são normais e fazem parte de sua vida amorosa e de seus relacionamentos. Seu objeto de desejo e amor geralmente é uma mulher, de preferência bem feminina. Sabem que são mulheres, mas sentem-se ¨quase homens¨.


9- Transexuais Masculinos - Os transexuais masculinos não são homens que querem ser mulheres. Do ponto de vista psicológico, eles são mulheres. Têm vergonha de seus órgãos sexuais, não permitem ser tocados nessa região, nem se masturbam. Os transexuais masculinos não buscam o prazer sexual nos órgãos sexuais, por isso, desejam realizar a operação para troca de sexo. São divididos em dois grupos: os primários, aqueles que desde meninos sentem que pertencem ao gênero feminino, e os secundários, que só se revelam mulheres a partir da adolescência. 


10- Transexuais Femininas - As transexuais femininas primárias sentem-se, desde a infância, meninos, mesmo sabendo que biologicamente não o são. É possível que vivam a vida inteira em conflito. Aquelas que corajosamente partem para a mudança de sexo encontram muitas barreiras, já que a operação de criação de um pênis é bastante complexa. 


11- Hermafroditas (intersexos) - O intersexo é um ser que biologicamente nasce com órgãos defeituosos e dos dois sexos. Os tipos de defeito são inúmeros e seria necessária uma abordagem caso a caso. O hermafrodita nasce com ovário e testículo, os dois órgãos malformados e com o funcionamento comprometido. Ele é o intersexo mais conhecido num grupo de mais de 20 tipos diferentes.


Diante dessas considerações, faz-se necessário criar mais espaços de promoção da cidadania e respeito às diferenças e diversidades, pois a despeito de toda a  liberdade no mundo moderno, a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros) ainda é marcada por muito sofrimento, que pode incluir desde a dificuldade íntima para lidar com sua identidade de gênero, necessidade de, muitas vezes, esconder essa identidade - por temor da reprovação seja de familiares ou da sociedade em geral - exclusões de grupos, e até mesmo humilhações, discriminações, agressões físicas e verbais. A sexualidade tem que ser fonte de felicidade e não de mal-estar.


Referência: Costa, Ronaldo Pamplona da. Os 11 sexos. As multiplas Faces da sexualidade humana. São Paulo. SP : Editota Gente, 1984.
Contato:neatauil@gmail.com

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quarta-feira, 3 de abril de 2013

ESTATUTO DA DIVERSIDADE SEXUAL

Por Néa Tauil


Em  O mal-estar na Civilização(1930), Freud menciona que ¨o sofrimento nos ameaça a partir de três direções: de nosso próprio corpo, condenado à decadência e à dissolução, e que nem mesmo pode dispensar o sofrimento e a ansiedade como sinais de advertência; do mundo externo, que pode voltar-se contra nós com forças de destruição esmagadoras e impiedosas; e, finalmente, de nossos relacionamentos com os outros homens.¨

Para Freud, o sofrimento mais penoso são os nossos relacionamentos. Nota-se que a discriminação em todas as suas formas e a predominância com base na orientação sexual e na identidade de gênero ratifica o pensamento freudiano.

O primeiro passo em outra direção talvez seja homens e mulheres de consciência, rejeitar a discriminação reivindicando tratamento igualitário a todos os cidadãos, independente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

Quando compreendemos por que apontamos o dedo, podemos começar a nos libertar de nossas percepções distorcidas e julgamentos destrutívos a respeito dos outros. Vamos juntos fazer democracia assinando a petição pública do ESTATUTO DA DIVERSIDADE SEXUAL. Acesse o site oficial http://www.estatutodiversidadesexual.com.br e assine essa ideia.



Referência: Freud S.(1930). O mal-estar na civilização. In: Obras psicológicas completas.
Edição Standard Brasileira. Vol.XXI Rio de Janeiro: Imago 
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quinta-feira, 14 de março de 2013

¨CURA GAY¨

Por Néa Tauil

Em pleno século XXI, toda essa discussão sobre ¨cura gay¨ é uma grave ameaça à saúde e ao bem - estar das pessoas afetadas. Quando se fala na cura do câncer, pensa-se na maneira de extirpar uma doença. Pois, é nessa acepção do verbo curar que ele é usado na expressão ¨cura gay¨: extirpar de uma pessoa a ¨doença¨ de ter desejo sexual orientado para o mesmo sexo. Isso agride o conhecimento científico que rege a Psicologia e a Medicina, desde que se convencionou internacionalmente que a orientação homossexual não constitui uma doença.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) condena tratamentos para ¨curar¨ homossexualidade. Em comunicado divulgado no dia 17 de maio de 2012, Dia Internacional contra a Homofobia, a Diretora da OPAS/OMS, Mirta Roses Periago afirmou que ¨a homossexualidade não é um transtorno nem requer cura. Em consequência, não existe indicação médica para a mudança de orientação sexual¨.
O comunicado destaca que há consenso profissional de que homossexualidade é uma variação natural da sexualidade humana e não pode ser considerado como condição patológica. Contudo, vários órgãos das Nações Unidas constataram a existência de ¨clínicas¨ e ¨terapeutas¨ que promovem tratamentos que pretendem mudar a orientação sexual de não heterossexuais. Não há estudos científicos que demonstrem eficiência de esforços nesse sentido.

Entretanto, há muitos testemunhos sobre graves danos à saúde mental e física que tais serviços podem causar. A repressão da orientação sexual vem sendo associada a sentimentos de culpa, vergonha, depressão, ansiedade e até mesmo suicídio. Como agravante, há um crescente número de relatos de tratamentos degradantes e de violência física e sexual como parte da  ¨terapia¨, geralmente oferecida ilegalmente.

O documento faz um apelo para que governos, instituições acadêmicas, associações profissionais e imprensa exponham essas práticas e promovam o respeito à diversidade. ¨As práticas devem ser denunciadas e sujeitas as sanções dentro da legislação nacional". 

Na verdade, a orientação sexual é uma realidade que precisa ser compreendida e aceita para que possamos deixar de nos enganar e julgar com base em aparências, acreditando que a única expressão da sexualidade que existe é a heterossexual e as outras formas de expressão são doenças. Aqueles que não respeitam a diversidade na manifestação da sexualidade e ainda se acham no direito de condenar pessoas por causa de sua forma de viver ou de sua condição que difere da heterossexualidade, são pessoas em que suas mentes estão presas a um sistema de falsas crendices, preconceitos e tabus, pois é ignorância pensar que a heterossexualidade é a única manifestação do desejo afetivo-sexual, interpretando as demais manifestações como doenças e dignas de sanção moral. Nesse sentido, são os propositores de ¨cura gay¨ que necessitam de tratamento psicológico, pois quando se julga alguém, nunca se pensa de fato sobre si mesmo, e o que se vê são pessoas projetando inconscientemente  - nos outros - atributos pessoais, sejam pensamentos inaceitáveis ou indesejados, sejam emoções de qualquer espécie. Isto é, ao invés de a pessoa reconhecer o que desgosta em si, ela projeta em outra pessoa, sem perceber que tudo o que  gosta ou detesta no outro é porque tem em si. 

Sem dúvida, ao invés de pretender impor padrões de comportamento, excluindo a singularidade subjetiva inerente ao ser humano, reforçando preconceitos e a exclusão social, o melhor caminho é aceitar as diferenças e entender que existem várias maneiras de amar e, portanto, diferentes variáveis sexuais. Cabe, então, a cada um de nós refletir e questionar a própria sexualidade e não a dos outros, pois qualquer tratamento que diz curar homossexuais é infundado, já que nenhum profissional tem ferramentas para mudar a orientação sexual de uma pessoa





Fonte: Comunicado ONUBR - Nações Unidas no Brasil
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