Por Néa Tauil
Não podemos negar que a modernidade é responsável por vários avanços da humanidade. Mas também não podemos desconsiderar o fato de que todo avanço pode causar transtornos. Nesse sentido, a ansiedade tem sido tratada como uma das principais desordens da sociedade moderna, pois quando passa do limite, começa a causar prejuízos, por ser a porta de entrada para outros distúrbios, porque a ansiedade excessiva pode contribuir para o desencadeamento de diversas doenças psicológicas mais graves, como: TOC (transtorno Obsessivo Compulsivo), Transtorno de Ansiedade Generalizada, Fobia Social, Transtorno do Pânico, entre outras.
Os quadros ansiosos são reações naturais do organismo, que podem se manifestar diante das mais diversas situações. No entanto, é preciso saber identificar a partir de que ponto as sensações deixam de ser um sentimento normal e passam a ser disfuncional e trazer prejuízos ou sofrimentos importantes, pois constante nervosismo, preocupação excessiva, necessidade de fazer rápido o que precisa ser feito, medo de que algo dê errado, sentimento de cansaço e dificuldade de concentração são sensações características de quem sofre de ansiedade, as quais afetam diversos aspectos da vida pessoal, como o trabalho e os relacionamentos.
Muitas pessoas confundem medo com ansiedade. Mas há diferença e semelhança entre ambos. As diferenças são: O medo é a avaliação de perigo e a ansiedade é o estado de sentimento desagradável evocado quando o medo é estimulado. Isto é, o medo está relacionado à valoração de um perigo iminente e a ansiedade com a expectativa de que algo irá acontecer no futuro. O medo é fundamental para nos deixar atentos e para contribuir no processo de tomadas de providências, quando surgir um momento adverso. Diz respeito à sobrevivência. Por exemplo: Uma pessoa passeando no shopping e, de repente escuta gritaria e tiros, imediatamente ela se agacha ou tenta se esconder, pois a possibilidade de estar acontecendo um assalto é concreta. Nesse caso, a pessoa está diante de um perigo real. Por outro lado, a ansiedade está relacionada com questões existenciais, é um produto de nossa imaginação, uma espécie de medo criado pela mente em que a pessoa substitui o sentir pelo imaginar e passa a acreditar naquilo que imagina. A exemplo disso, podemos citar o medo referente a ser ridículo, de errar, de ser humilhado, à perda de status, conforto, poder econômico, afetos, amizades, controles, privilégios ou até mesmo temor à solidão, o não reconhecimento, o amor não correspondido, etc. Então, sentir ansiedade é como imaginar alguma coisa que não se deseja e ficar preocupado com fatos que ainda não ocorreram.
E qual é a semelhança entre o medo e a ansiedade? A semelhança está na
reação do corpo, pois o corpo diante do perigo real (medo) ou perigo imaginário (ansiedade) reage da mesma forma. Isto é, ao sentir perigo - seja ele real ou imaginário - as defesas do organismo disparam em alta velocidade, em um processo rápido, automático, conhecido como a reação "lutar ou fugir" ou reação ao estresse. Dessa forma, quando a pessoa percebe a ameaça, seu sistema nervoso reage com a liberação de uma inundação de hormônios do estresse, incluindo a adrenalina e cortisol. Esses hormônios despertam o corpo para ações de emergência. O coração acelera, os sentidos são aguçados, os músculos contraem, as glândulas funcionam diferentemente, a pressão arterial sobe, a respiração encurta. Estas alterações físicas aumentam a força e o vigor, acelera o tempo de reação e aprimora o foco - preparando a pessoa para lutar ou fugir do perigo. Porém, nosso corpo não sabe distinguir entre um perigo real (medo) e um perigo imaginário (ansiedade - produtos dos nossos pensamentos). No medo real, após passar o perigo, o corpo retorna ao seu estado normal, mas no medo imaginário, mantém-se o estado de alerta enquanto durar nossa crença na ameaça a nossa pessoa.
reação do corpo, pois o corpo diante do perigo real (medo) ou perigo imaginário (ansiedade) reage da mesma forma. Isto é, ao sentir perigo - seja ele real ou imaginário - as defesas do organismo disparam em alta velocidade, em um processo rápido, automático, conhecido como a reação "lutar ou fugir" ou reação ao estresse. Dessa forma, quando a pessoa percebe a ameaça, seu sistema nervoso reage com a liberação de uma inundação de hormônios do estresse, incluindo a adrenalina e cortisol. Esses hormônios despertam o corpo para ações de emergência. O coração acelera, os sentidos são aguçados, os músculos contraem, as glândulas funcionam diferentemente, a pressão arterial sobe, a respiração encurta. Estas alterações físicas aumentam a força e o vigor, acelera o tempo de reação e aprimora o foco - preparando a pessoa para lutar ou fugir do perigo. Porém, nosso corpo não sabe distinguir entre um perigo real (medo) e um perigo imaginário (ansiedade - produtos dos nossos pensamentos). No medo real, após passar o perigo, o corpo retorna ao seu estado normal, mas no medo imaginário, mantém-se o estado de alerta enquanto durar nossa crença na ameaça a nossa pessoa.
Como vimos, a tensão que vem da mente é, sim, capaz de desencadear efeitos pelo corpo, que reage de diferentes formas. Então, cuidar da parte psíquica é também uma forma de garantir melhor saúde física, já que o cérebro está diretamente ligado ao sistema imunológico e ao bom ou mau funcionamento do organismo. Embora seja comum as pessoas relutarem para buscar ajuda psicológica, mais uma vez é bom lembrar que ansiedade excessiva pode contribuir para o desencadeamento de diversas doenças psicológicas mais graves que podem interferir severamente na qualidade de vida. Dessa forma, independente de qual seja a origem, qualquer sinal de que algo não está bem no eixo mente-corpo deve ser levado em consideração e um especialista deve ser procurado.
Todos os direitos reservados a Julcinéa Maria Tauil (Néa Tauil)
Psicoterapia Beneficia as Pessoas - http://psicologaneatauil.blogspot.com
contato:neatauil@gmail.com
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