sábado, 31 de março de 2018

AMOR-PRÓPRIO ME FEZ UMA PESSOA MELHOR

Por Néa Tauil
Quanto maior for a disposição em olhar para si mesmo, maior será sua capacidade de enfrentar a realidade com seus problemas e desafios - ao invés de ser engolfados por eles - o respeito por si mesmo só crescerá, fazendo valer seus pensamentos, sentimentos, ideias e valores. Certamente, ficará mais confiante para fazer suas escolhas, responsabilizando-se por elas. Sentir-se-á mais confortável e fortalecido para se provar diante de qualquer circunstância, seja ela boa ou má, certa ou errada. 

De fato, amar a si mesmo não é apenas o ponto de referência para saber quanto se deve amar os outros (¨ama teu próximo como a ti mesmo); parece agir como um fator de proteção contra o surgimento de transtornos psicológicos, como fobias, depressão, estresse, ansiedade, insegurança interpessoal, alterações psicossomáticas, problemas de relacionamento, baixo rendimento acadêmico e profissional, abuso de substâncias nocivas, problemas de imagem corporal, incapacidade para regular as emoções e muitos outros. Ou seja, amor-próprio é um gerador de bem-estar e qualidade de vida. Assim, podemos afirmar que temos a capacidade de construir uma vida saudável ou uma vida de doenças, dependendo do modo como nos relacionamos conosco mesmos e da maneira como buscamos manter as relações a nossa volta.

Isto é, você pode pensar que é lindo, eficiente, interessante, inteligente e bom, ou o contrário (feio, ineficiente, chato, tolo e mau). Cada um desses qualitativos é o resultado de uma história prévia, na qual, você foi gestando uma “teoria” sobre si mesmo que, hoje, está dirigindo a sua vida. Por exemplo: você pode estar preso à crença de que é um perdedor. Então, acredita -se que é um perdedor, não vai tentar ganhar. Vai dizer a si mesmo: “Para que tentar? Eu não consigo ganhar”. Nota-se nesse exemplo, que dependendo da teoria que dirige a vida de uma pessoa, ela pode repetir obsessivamente - sem perceber - tanto atitudes saudáveis quanto atitudes erradas que levam ao fracasso, pois há muitos “ eus “ dentro do nosso eu compondo a teoria que cada um tem sobre si mesmo e, o modo como lida com esses “eus” faz toda a diferença na maneira de atuação em relação a si mesmo e aos outros.

Infelizmente, a maior parte das pessoas não querem saber nada sobre a história que deu origem a teoria que praticam e, dessa forma, não sabem que, no fundo, são continuamente afetados por ela. Isto é, a teoria que cada um tem sobre si mesmo rege a incidência e a reincidência dos episódios felizes e infelizes que constroem a nossa existência. Então, a pergunta que não quer calar: a sua teoria está conduzindo você a repetir episódios felizes ou infelizes? 




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