quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Pensamentos e Emoções Influenciam a Saúde do Corpo

Por Néa Tauil



Para algumas pessoas, ainda é difícil entender como pensamentos e emoções  podem interferir  na saúde do corpo. Mas, as pesquisas comprovam que os fatores emocionais  e os fatores físicos não agem isoladamente. A mente cheia de pensamentos positivos (funcionais) ou negativos (disfuncionais)  atua como um estímulo criador de emoções que afetam o corpo, de forma positiva ou negativa, estimulando a produção de hormônios que promovem saúde ou doença.

De acordo com Nascimento e Quinta (1998), cada emoção está associada a um tipo de hormônio. Existem os chamados "hormônios da saúde" e os "hormônios da doença". Os hormônios da saúde são liberados pelo corpo diante de um estado emocional (alegria, prazer, afeto, senso de humor, motivação, otimismo, relaxamento, entre outros.) que  desencadeia o bem-estar e melhora o sistema imunológico da pessoa. Por exemplo: relembrar momentos felizes pode aumentar diretamente os níveis de serotonina e evitar que você fique com o pensamento fixado em momentos menos felizes, caso tenha inclinação à depressão. O hormônio serotonina melhora o humor, combate a insônia, melhora a qualidade do sono, reduz a ansiedade, promove o bem-estar, combate o estresse e a depressão, favorece o relaxamento e, consequentemente, a saúde. Em contra partida, os "hormônios da doença" são liberados pelo corpo diante de um estado emocional (ansiedade, tristeza, medo, orgulho, ódio, estresse, maldade, angústia, depressão, preocupação, etc.) que favorece a vulnerabilidade às doenças, como também dificulta a recuperação, por interferir no sistema imunológico da pessoa. Por exemplo: remoer  - durante apenas cinco minutos - uma lembrança em que você sentiu raiva, permite que o seu organismo produza o hormônio cortisol. Este tem papel importante no organismo, ou seja, ele é necessário para manter o equilíbrio físico. Porém, quando em excesso - no sangue - pode reduzir a imunidade, deixando o organismo vulnerável a doenças.

Sem dúvida, o que pensamos influencia o que sentimos e, conseqüentemente, o nosso corpo e comportamentos. Em uma pesquisa realizada com mais de 600 oncologistas de todas as partes do mundo, para os médicos entrevistados, 95% deles, o que curou os pacientes foi a mudança de comportamento. Os enfermos que cultivaram os pensamentos e emoções de amor, esperança, fé, determinação, gratidão e otimismo alcançaram chances de vencer o câncer. O mesmo vale para aftas, enxaquecas, dores no corpo, insônia, herpes e outros. 

Como vimos, o tempo todo os nossos pensamentos e as nossas emoções (medo, tristeza, raiva, alegria, nojo, etc.) se refletem no nosso corpo e podem influenciar de maneira positiva ou negativa a saúde. Porém, não podemos “controlar” nossos pensamentos e emoções, mas podemos aprender a gerenciá-los. Para isso, é preciso cuidar da parte psíquica, pois o equilíbrio necessário para gerenciar os pensamentos e as emoções  está justamente  no processo de autoconhecimento - já que saber de si, conhecer-se e gradualmente amadurecer é o que de fato ajuda e possibilita mudar os modelos mentais que causam males físicos.


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Referência:

Nascimento, E. e Quinta, E.M. Terapia do Riso. São Paulo: Harbra, 1988.